terça-feira, 29 de junho de 2010

O MUNDO DOS ECLÉTICOS

O MUNDO DOS ECLÉTICOS




O dicionário Michaelis da Língua Portuguesa define “eclético” da seguinte maneira: 1 Relativo ao ecletismo. 2 Que seleciona; que escolhe de várias fontes. 3 Que não segue um só sistema de Filosofia, Medicina etc., mas seleciona e aproveita o que considera melhor ou verdadeiro nos vários métodos ou doutrinas. 4 Composto de elementos oriundos de várias fontes. Identifico-me profundamente com essa conceituação. E admiro quem pode assim ser definido.

Na prática, os ecléticos não buscam por rótulos. Eles são o que são. Podem seguir um estilo a cada dia, e não deixam de ser autênticos. Ouvem qualquer tipo de música, às vezes só para conhecerem. Assistem aos mais diversos tipos de filmes, para poderem escolher de que tipo mais gostam. Leem de tudo, pois o que importa é ter o que ler.

Os ecléticos podem ser pessoas chiques em dado momento, e simplicíssimas em outro. De qualquer maneira, eles quase sempre se divertem. Pode ser bebendo vinho importado e comendo fondue em um sofisticado restaurante em Gramado ou bebendo cerveja e comendo pastel no bar da esquina. O que importa é a boa companhia. É muito bom poder se interessar e gostar de várias coisas ao mesmo tempo.

Os ecléticos costumam odiar o tédio. Mas, para eles, combater o tédio pode ser uma tarefa muito fácil. Basta pegar um bom disco, um bom livro, um bom filme, uma boa bebida, um baralho, um programa de televisão razoável. Enfim, como bons ecléticos, sempre temos mais, bem mais do que apenas uma opção para espantar o ócio.

O grupo de amigos do eclético também não tem características fixas. Ali, podemos encontrar adolescentes, professores, roqueiros, escritores, pessoas de meia-idade, políticos, psicólogos, contadores, advogados, atores, pessoas da terceira idade, religiosos e por aí vai. O eclético tem interesse em ouvir o que todas as pessoas têm a contar. Assim, as amizades dele também não são rotuladas.

Há pessoas que imaginam que o eclético seja alguém sem estilo, sem personalidade. Pelo contrário. O eclético resulta de uma fusão de vários estilos. O eclético não se prende a preferências. Busca, sim, experimentar de tudo para saber quais são as coisas de que gosta. Se ele não ler Jorge Amado, como saberá se gosta ou não? E se não assistir a Gran Torino? O eclético tem a cabeça aberta a novas experiências.

Os ecléticos tem a cabeça aberta para o mundo. Mas, de que adiantaria ter ideias inovadoras para o mundo e fechadas para si mesmo? Pois, então, acima de tudo, nós, os ecléticos, temos a cabeça aberta para nós mesmos. Se não rotulamos as coisas e as outras pessoas, não nos rotulamos. O eclético se aceita como é, sempre procurando aspectos em que pode melhorar.

Um comentário:

Érico Cordeiro disse...

Oi, Ana Paula,
Seja bem-vinda à blogsfera!
Cheguei aqui por acaso, mas já coloquei seu blog nos meus favoritos e virei aqui mais vezes.
Convido-a a conhecer o blog jazz + bossa, dedicado à mésica, cujo endereço é:
http://ericocordeiro.blogspot.com/
Valeu!